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Terça, 14 Abril 2020 20:35

Breve História da Termografia

A associação entre mudanças de temperatura e doenças é quase tão antiga quanto a medicina em si. Hipócrates declarou: “Se uma parte do corpo estiver mais quente ou mais fria que as demais, então doença está presente nessa parte ”. A primeira aplicação de imagem térmica foi no início do século XIX século e não tinha nenhum propósito comercial. Após a 2ª Guerra Mundial, os sistemas de imagem por infravermelho foram usados ​​para monitorar mudanças na temperatura da pele em relação a certas doenças (Ring, 2007). Sistemas de imagem de baixa qualidade e falta de padrões metodológicos no passado, possuía qualidade limitada, resultando na não aceitação da técnica (Elliot & Head, 1999). Porém, os avanços tecnológicos nas câmeras infravermelhas nos últimos anos promoveram a Termografia Digital por Infravermelho de Alta Resolução como uma poderosa ferramenta de medição. Uma nova geração de câmeras de alta resolução, softwares apropriados e protocolos padronizados foram desenvolvidos para imagens médicas, resultando em maior capacidade de diagnóstico e confiabilidade (Plassmann et al., 2006; Diakides e Bronzino, 2008). Em 1987, a American Medical Association (Associação Americana de Medicina) reconheceu a Termografia Digital por Infravermelho como uma ferramenta viável para o uso diagnóstico em ciências médicas. As seguintes organizações Termográficas mundiais promovem a devida aplicação de imagens térmicas médicas:

  • International Academy of Clinical Thermology (Academia Internacional de Termologia Clínica)
  • International Thermographic Society (Sociedade Internacional de Termografia)
  • American Academy of Medical Infrared Imaging (Academia Americana de Imagem Médica Infravermelha)
  • European Association of Thermology (Associação Europeia de Termologia)
  • Northern Norwegian Centre for Medical Thermography (Centro Norueguês de Termografia Médica do Norte)
  • German Society of Thermography and Regulation Medicine (Sociedade Alemã de Termologia Médica e Regulação)

 

Breve História da Termografia

As raízes da Termografia, ou diferenciação de calor, são antigas, remontando ao tempo das pirâmides. Um papiro de 1700 a.C. documenta a associação da temperatura com a doença. Por volta de 400 a.C., os médicos empregavam uma forma primitiva de Termografia: aplicavam uma fina camada de lama no corpo do paciente, observavam os padrões feitos pelas diferentes taxas de secagem da lama e atribuíam esses padrões às temperaturas quentes e frias na superfície do corpo. Hipócrates o resumiu: "Em qualquer parte do corpo que se sinta excesso de calor ou frio, a doença está lá para ser descoberta."

A primeira tentativa de medir o calor veio no século II d.C. com o desenvolvimento de uma lâmpada "termoscópica" de Hero de Alexandria. No final dos anos 1500, Galileu revigorou a ciência da medição de temperatura ao converter o termoscópio de Hero em um termômetro bruto. Outros seguiram ao longo dos séculos, desenvolvendo dispositivos mais sofisticados e introduzindo melhorias que se tornaram padrão hoje - por exemplo, o termômetro de mercúrio e o uso das escalas Fahrenheit e Celsius para medir a temperatura.

Um avanço na Termologia, como era então chamada, veio em 1800 com uma grande descoberta de Sir William Hershel, o Astrônomo Real do Rei Jorge III. Experimentando prismas para separar as várias cores do arco-íris, Hershel descobriu um novo espectro de luz invisível que hoje conhecemos como infravermelho, que significa "abaixo do vermelho". Como um efeito natural do metabolismo, os humanos liberam constantemente níveis variáveis de energia no espectro infravermelho, e essa energia é expressa como calor. A descoberta de Hershel possibilitou que os aparelhos se concentrassem na medição do calor infravermelho do corpo humano.

A termometria moderna começou logo após, em 1835, com a invenção de um dispositivo termoelétrico que estabeleceu que a temperatura em regiões inflamadas do corpo é maior do que em áreas normais. Este dispositivo também confirmou que a temperatura humana normal e saudável é de 98,6° Fahrenheit ou 37° Celsius.

Na década de 1920, os cientistas estavam usando a fotografia para gravar o espectro infravermelho, o que levou a novas aplicações em termometria e outros campos. As décadas de 30, 40 e 50 viram melhorias notáveis em imagens com sensores infravermelhos especiais, graças em grande parte à Segunda Guerra Mundial e ao conflito coreano, que usou o infravermelho para uma variedade de aplicações militares, como a detecção de movimento de tropas. Uma vez que essas tecnologias infravermelhas foram desclassificadas no pós-guerra, os cientistas imediatamente se voltaram para a pesquisa de sua aplicação na medicina clínica.

Na década de 60, grandes quantidades de pesquisas publicadas e o surgimento de organizações médicas dedicadas ao uso de imagens térmicas, como a Academia Americana de Termologia, trouxeram uma maior conscientização pública e privada da ciência.

Em 1972, o Departamento de Saúde, Educação e Bem-Estar Social anunciou que a Termografia, como ficou conhecida, estava "além do experimental" em diversas áreas, incluindo a avaliação da mama feminina.

A partir daí, os esforços para padronizar o campo começaram a sério, auxiliados pela chegada dos mini-computadores em meados dos anos 70, que forneceram displays coloridos, análise de imagem e os grandes benefícios do armazenamento de imagem e dados - e, eventualmente, comunicação mais rápida através da Internet.

No final dos anos 70 e início dos 80, já existiam padrões detalhados para termografia, e novos centros de treinamento para médicos e técnicos estavam formando profissionais que iriam disponibilizar termografia médica para o público em geral.

Em 1982, a Comissão Federal de Medicamentos (FDA) aprovou termografia médica para uso "onde podem ocorrer variações da temperatura da pele".

Em 1988, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos introduziu a cobertura para termografia nos pedidos de indenização dos trabalhadores federais. Estes e outros marcos - incluindo um breve período em que a Medicare cobriu o uso da termografia - incentivaram a expansão dos recursos de treinamento em termografia e lançaram um refinamento dramático dos dispositivos de imagem nas próximas décadas.

 

Termografia Hoje

Hoje, os sistemas modernos fornecem imagens de alta velocidade e alta resolução aliadas à tecnologia digital computadorizada de última geração. Isso resulta em imagens claras e detalhadas capturadas por técnicos certificados para que os médicos qualificados possam interpretar. A termografia é hoje reconhecida e valorizada como uma ciência altamente refinada com aplicações padronizadas em Neurologia, Medicina Vascular, Medicina Esportiva, Saúde da Mama, e muitas outras áreas de especialidade.

Na Clínica Médica Termográfica, chamamos a termografia de "Ferramenta de Descoberta da Saúde" e a consideramos uma parte muito importante de um programa de bem-estar preventivo. Medindo com precisão regiões de temperatura e identificando padrões termográficos, a termografia mede a inflamação, muitas vezes muito antes que os sintomas possam ser sentidos ou eventualmente diagnosticados com uma doença real. Em outras palavras, a termografia vê o seu corpo pedindo ajuda.

 

Referências:
Ring E.F.J. (2007). The Historical development of temperature measurement in medicine.
Infrared Physics and Technology, Vol.49, No.3, pp. 297- 301, ISSN 1350-4495
Elliot, R.L. & Head, J.F. (1999). Medical infrared imaging in the twenty-first century.
Thermology International, Vol.9., No.4, pp. 111, ISSN 1560-604X
Plassman, P.; Ring, E.F.J. & Jones, C.D. (2006). Quality assurance of thermal imaging systems
in medicine. Thermology International, Vol.16, No.1, pp.10-15, ISSN 1560-604X
Diakides, N.A. & Bronzino J.D. (2008). Medical Infrared Imaging, First Edition, CRC Press, ISBN 0849390272, Broken

Publicado em Termologia
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